Iniciando nossas postagens do Maio Vermelho, falaremos sobre Câncer de Bexiga. A bexiga é um órgão oco na pelve que armazena a urina antes dela deixar o corpo durante a micção. A bexiga, como outras partes do trato urinário, é revestida por uma camada de células chamada urotélio. Essa camada de células é separada dos músculos da parede da bexiga, chamada camada muscular própria, por uma faixa fina e fibrosa: a lâmina própria. O câncer de bexiga, quase sempre, começa quando as células saudáveis do revestimento da bexiga – mais comumente as células uroteliais – mudam e crescem descontroladamente, formando uma massa (tumor), sendo o tabagismo fator de risco responsável por até 45% de todos esses casos.

O câncer de bexiga afeta principalmente pessoas mais velhas, sendo que cerca de 90% das pessoas com esta patologia têm mais de 55 anos (idade média é 70 anos). No mundo, entre os homens, o câncer de bexiga é a oitava causa mais comum de morte por câncer. A taxa geral de sobrevivência em 5 anos para pessoas com câncer de bexiga é de 77%. No entanto, essas taxas dependem de muitos fatores, incluindo o tipo e o estágio do câncer de bexiga (invasivo x não invasivo) no momento do diagnóstico.

Assim como a maioria dos tipos de câncer, a biópsia é a única maneira segura de confirmar o diagnóstico através do laudo anatomopatológico emitido pelo médico patologista. Vale lembrar que a citologia urinária também pode ser usada para descobrir se a urina contém células tumorais! No entanto, ainda não existe rastreio para o câncer de bexiga na população em geral, então a maioria das pessoas é diagnosticada quando apresentam os sintomas.

O tratamento varia conforme estadiamento, mas envolve desde ressecção transuretral do tumor (+ usual) até cistectomias radicais. Também são usadas terapias medicamentosas como quimioterapia, imunoterapia (Terapia local Bacillus Calmette-Guerin, Interferon) e terapia direcionada.