Biópsias Gástricas: Protocolo OLGA


Grande parte dos cânceres gástricos (tipo intestinal) decorrem de uma sucessão de eventos genéticos e fenotípicos que são desencadeados pela infecção por H.pylori, já com evidências científicas consolidadas da ligação do câncer gástrico e a gastrite crônica atrófica causada pelo bacilo. Assim, sugere-se a avaliação do risco de carcinogênese na mucosa gástrica, e várias classificações/sistemas foram introduzidos para melhor estratificação.

O Sistema Atualizado de Sydney é usualmente o mais utilizado para definir informações de topografia, morfologia e microbiologia realizados aos aspectos da mucosa gástrica. No entanto, a aplicabilidade desta classificação em termos terapêuticos e prognósticos são deficientes.

Por esta razão, um grupo internacional de gastroenterologistas e patologistas (Operative Link on Gastritis Assessment [OLGA]) desenvolveu um novo sistema para relato histológico de gastrite. O sistema OLGA incorporou aos sistemas de avaliação a presença/ausência de atrofia da mucosa gástrica, expressando também sua localização e extensão. Juntamente com este estadiamento é realizada a pesquisa para identificação do H. pylori (coloração de Giemsa).

O responsável pelo laudo anatomopatológico e estadiamento das biópsias gástricas é o médico patologista! Para esta correta avaliação é necessário conjuntamente a adequada amostragem pelo endoscopista.

Fontes: OLGA, Consenso Brasileiro