Câncer de Mama: Histopatologia


Estima-se que até 95% dos cânceres de mama tenha origem epitelial (os carcinomas mamários), por isso falaremos um pouco mais sobre eles. Vale lembrar que o tipo ductal é o principal encontrado nos casos de câncer de mama!

Primeiramente, quando uma neoplasia mamária é “in situ”?
A principal característica dos tumores “in situ” da mama é a preservação das células mioepiteliais. Há células com atipias, porém elas estão restritas ao sistema ducto-lobular e não há evidência de invasão através da membrana basal.

– Carcinoma ductal (tipo não especial) in situ:
O carcinoma ductal in situ é considerado uma lesão precursora, porém não obrigatória, de carcinoma invasivo. A morfologia é variada incluindo diversos padrões (sólido, cribiforme*, papilar, micropapilar, comedo). O padrão observado na imagem do post é o cribiforme, caracterizado por proliferação celular com fenestras em seu interior.

– Carcinoma ductal (tipo não especial) invasivo/infiltrativo:
É o tipo mais comum de carcinoma invasivo (75-80% dos casos). Trata-se de um diagnóstico de exclusão, pelo fato de não possuir características de nenhum outro tipo histológico. Neste caso, como se trata de neoplasia infiltrativa, há rompimento da membrana basal com invasão do estroma adjacente, muitas vezes associado a carcinoma ductal in situ.

– Carcinoma lobular in situ:
É uma proliferação celular atípica restrita a unidade lobular e caracterizada por células geralmente pequenas, não coesas, que acomete mais da metade dos ácinos da unidade lobular.

– Carcinoma lobular invasivo/infiltrativo:
Trata-se de uma neoplasia de células pouco coesas distribuídas individualmente ou em arranjos lineares de uma única célula (como “fila indiana” – mostrada na imagem do post) que invade o estroma, geralmente associado a carcinoma lobular in situ. Esta neoplasia apresenta perda das proteínas de adesão (~85% há perda de E-caderina) resultando na morfologia descrita.

Fontes: OMS (WHO Classification of Tumours of the Breast); Pathology Outlines