





Seguindo as postagens sobre Câncer de Testículo, hoje falaremos dos tipos histológicos. A origem mais comum dos tumores testiculares é de células germinativas (~95% dos casos), que apresentam características histológicas e biológicas específicas. As células germinativas dão origem a dois grupos principais de câncer: seminomas e tumores não-seminomatosos. Seminomas são o tipo mais comum de câncer testicular (40 a 45%), ocorrem em homens com idades entre 20 e 45 anos, seu comportamento é menos agressivo e são sensíveis à radioterapia, podendo secretar gonadotrofina coriônica humana (HCG). Já os de células germinativas não-seminomatosos tendem a ser mais agressivos, ocorrendo em homens mais jovens entre 20 e 30 anos, com maior chance de produzir metástases, sendo pouco radiossensíveis. Neste grupo incluem os tipos histológicos: carcinoma embrionário (pode secretar HCG ou alfa fetoproteína), carcinoma do saco vitelino (mais comum em crianças, quase sempre secretam AFP), coriocarcinoma (raro, muito agressivo, pode secretar HCG) e teratoma. Vale ainda lembrar que é comum combinações de mais de um tipo histológico (tumores mistos). O carcinoma in situ (CIS) é uma forma não invasiva de câncer de células germinativas que não se espalhou para além dos túbulos seminíferos. Os tumores testiculares também podem se desenvolver a partir dos tecidos de suporte ao redor das células germinativas no testículo. Esses tumores são raros, representando menos de 5% dos cânceres de testículo, e têm um excelente prognóstico se ressecados cirurgicamente. Neste grupo existem dois tipos de destaque: tumores de células de Leydig (produzem testosterona) e de células de Sertoli (sustentam e nutrem o esperma em desenvolvimento, são neoplasias usualmente benignas). Por fim, podem ainda ter origem hematolinfoide, no ducto coletor e rete testis (adenocarcinomas), mesenquimal, etc.
Fontes: WHO, Johns Hopkins