








Finalizando nossas postagens do Maio Vermelho, hoje falaremos mais do Câncer de bexiga. O carcinoma urotelial (trambém chamado na literatura de carcinoma de células transicionais) é o tipo histológico mais comum de câncer de bexiga, atingindo população de idade média de 65 anos e tendo como principais fatores causais o tabagismo, alterações genéticas, exposição ocupacional e ambiental, sendo a causa infecciosa (Schistosoma haematobium) importante em alguns países.
À macroscopia os tumores uroteliais podem ser lesões polipoides, sésseis ou ulceroinfiltrativas, uni ou multifocais. Em geral, o paciente com a suspeita de lesão maligna de bexiga realiza a ressecção transuretral/biópsia, bem com estadiamento clínico e radiológico, sendo a presença ou ausência de invasão da camada muscular própria do órgão uma informação com valor prognóstico e do risco de recorrência, auxiliando diretamente na decisão terapêutica. Portanto, a nível histológico também os carcinomas uroteliais podem ser divididos em: não invasivos, restritos à membrana basal (carcinoma urotelial in situ) e os invasivos que invadem da lâmina própria adiante (carcinoma urotelial invasivo), sendo a morfologia papilífera a mais comum!
O grau histológico de baixo e alto grau destes tumores é definido pelas características da lesão, sendo as de baixo grau neoplasias de de aparência relativamente ordenada, há perda de polaridade e pleomorfismo, embora discretos e as mitoses são infrequentes e, quando presentes, geralmente típicas.
Por sua vez, os carcinomas uroteliais de alto grau apresentam grande distorção arquitetural, com células superpostas ou aglomeradas, com numerosas mitoses (incluindo formas atípicas) e, por vezes, descoesão. Os núcleos apresentam pleomorfismo acentuado e costumam possuir nucléolos proeminentes. Pode ser necessário recorrer ao estudo imunoistoquímico para definição primária ou para diferenciação de outras neoplasias, sendo que os carcinomas uroteliais apresentam positividade para os marcadores GATA3, CK7/CK20, p63 e Uroplakin II e III.
FONTE: WHO