Orquiectomia em Oncologia


Seguindo nossas postagens do Abril Lilás, como já dito embora a clínica somada a ultrassonografia escrotal e marcadores tumorais séricos (βHCG, AFP, DHL) sejam os primeiros passos no diagnóstico de um câncer de testículo, este não é confirmado até que uma orquiectomia (remoção cirúrgica do testículo) seja realizada, para que o tipo histológico da neoplasia seja definido. O padrão recomendado e a cirurgia mais comum para tratamento do câncer de testículo é a orquiectomia inguinal radical. Esta cirurgia envolve a remoção do testículo (+ epidídimo) e cordão espermático, a peça então é colocada em formol a 10% e enviada ao laboratório de Patologia. Durante a macroscopia será realizada inspeção do espécime, pesagem e dimensões da estruturas. A seguir, após abertura anteriormente a face da túnica vaginalis, deve ser feita a busca por lesões/nódulos, realizada sua descrição, incluindo a extensão tumoral e sua relação com outros componentes: interface com testículo não tumoral, assim como a túnica albugínea, hilo testicular, epidídimo, cordão espermático (incluindo margem do cordão) e camada parietal da túnica vaginal, sendo feita a clivagem e amostragens necessárias. Após processamento técnico, as lâminas serão observadas à microscopia óptica pelo patologista, que através do laudo anatomopatológico definirá o tipo histológico tumoral, avaliação das margens cirúrgica e a relação com demais estruturas já mencionadas. O diagnóstico emitido juntamente com estadiamento patológico (TNM) ajudará a orientar os tratamentos de quimioterapia ou radioterapia complementares quando indicados.


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