









O painel imuno-histoquímico básico solicitado nas biópsias positivas para carcinoma de mama inclui: Receptor de Estrógeno (RE), Receptor de Progesterona (RP), Receptor 2 do Fator de Crescimento Epidérmico Humano (HER-2) e Proteína ki-67.
A expressão de RE e RP traduz-se em tumores menos agressivos, com melhor prognóstico e que respondem a terapias hormonais com medicamentos que bloqueiam os receptores de estrogênio como: os moduladores seletivos do receptor de estrogênio (Tamoxifeno) ou que reduzem os níveis de estrogênio (inibidores da aromatase).
Quando há a superexpressão da proteína HER-2 (~20%), os carcinomas geralmente tem grau histológico mais elevado e alto índice proliferativo, e o prognóstico é pior comparado aos que expressam receptores hormonais. Porém, para este grupo de
pacientes existe a terapia alvo, tratamento que, neste caso, utiliza anticorpos monoclonais para identificar e atacar especificamente as células cancerígenas, o mais conhecido é o Trastuzumabe (Herceptin).
A proteína ki-67 é um marcador biológico que indica proliferação tumoral e sua expressão é determinante para a diferenciação entre os subtipos luminal A e luminal B, da classificação molecular.
Classificação molecular dos tumores de mama:
– Luminal A (~70% dos carcinomas mamários): Melhor prognóstico, em sua maioria tratam-se de tumores de baixo grau histológico e são responsivos a terapias-alvo à base de tamoxifeno e inibidores de aromatase.
– Luminal B: pior prognóstico que o Luminal A, de crescimento mais rápido.
– Superexpressão de HER-2: possuem o segundo pior prognóstico. Há uma elevada taxa de recorrência, mas a terapia-alvo melhora o prognóstico!
– Triplo negativo / Basaloide: o pior prognóstico de todos. Há expressão de vários genes nas células basais, são de alto grau histológico e possuem elevado índice mitótico. Este tipo é o mais comum em mulheres com mutação BRCA1.