








O exame per-operatório, conhecido como congelação, é um procedimento diagnóstico rápido sendo realizado durante o ato cirúrgico com a finalidade de avaliar as margens cirúrgicas, metástases ou para definir a natureza da lesão. O responsável por identificar esses achados é o médico patologista, que pode estar dentro do centro cirúrgico ou em local próximo, e após determinar o diagnóstico ele transmite essas informações ao cirurgião, auxiliando a traçar a melhor conduta cirúrgica imediatamente!
O cirurgião retira o material e o envia a fresco, para então o patologista analisá-lo macro e microscopicamente. Nesta etapa inclusive, ele poderá congelar a amostra da lesão a cerca de menos de 20 graus Celsius, para facilitar os cortes micrométricos ou ainda pode realizar esfregaços, que são colocados em lâminas de vidro e corados. As colorações geralmente utilizadas são o azul de toluidina ou hematoxilina-eosina.
O exame per-operatório é de grande valia nos casos de câncer de mama, principalmente para:
1- Avaliação de margens cirúrgicas: o patologista começa esta análise orientando a peça, isto é feito a partir das referências enviadas pelo cirurgião, geralmente com uso de fios cirúrgicos identificando-os na requisição. Na sequência, essas margens são pintadas com tinta nanquim, demarcando as regiões superior, inferior, medial, lateral, anterior e posterior – no caso da mama também pode haver a margem retroaerolar. A peça é então fatiada, uma vez encontrada a lesão, são medidas as distâncias desta para cada uma das margens (e pele se for o caso), e se necessário posterior avaliação cito/histológica da área.
2- Linfonodo sentinela: o patologista corta o linfonodo em fatias com 2 mm de espessura média (tamanho de uma micrometástase), realiza em seguida esfregaço/“imprint” (métodos citológicos) ou corte histológico, e depois observa à microscopia.
3- Benigno X Maligno: avaliação macro/microscópica da lesão através de algum dos métodos citados.
Portanto, a congelação pode ajudar a definir o melhor tratamento para os casos de câncer de mama!
Fonte: Sociedade Brasileira de Patologia