Gliomas


Os gliomas são responsáveis por boa parte dos tumores primários que surgem dentro do parênquima cerebral. O termo “glioma” refere-se a tumores que têm características histológicas semelhantes às células gliais normais, ou seja, astrócitos, oligodendrócitos e células ependimárias. Para cada um desses tipos de gliomas, existem neoplasias que abrangem um amplo espectro de agressividade biológica.

Historicamente, as lesões de crescimento mais lento, correspondentes aos graus I e II da Organização Mundial da Saúde (OMS), têm sido comumente chamadas de gliomas de baixo grau, enquanto os tumores de progressão mais rápida são chamados de gliomas de alto grau.

A classificação atual da OMS recomenda evitar esses termos a depender do caso, uma vez que agrupam grupos heterogêneos de tumores, muitos dos quais têm propriedades biológicas, prognósticos e abordagens de tratamento significativamente diferentes. Entre os gliomas de grau I e II, por exemplo, a classificação atual favorece uma distinção entre gliomas difusos (por exemplo, astrocitoma difuso de grau II e oligodendroglioma) e tumores astrocíticos mais circunscritos (por exemplo, astrocitoma pilocítico de grau I). Além disso, está claro que entre os tumores de grau III e grau IV, pode haver cursos marcadamente diferentes, incluindo respostas a terapias.

Na edição de 2016 da OMS, os
gliomas são classificados com base não apenas na aparência histopatológica, mas também em parâmetros moleculares bem estabelecidos. A incorporação de características moleculares impactou mais notavelmente a classificação de tumores astrocíticos e oligodendrogliais, que agora são agrupados como gliomas difusos, com base no padrão de crescimento, comportamento e status genético de isocitrato desidrogenase (IDH)
compartilhado. O perfil de metilação, um método poderoso para avaliar aspecto epigenético dos tumores cerebrais, pode ser adicionado às abordagens histológicas e genéticas, possivelmente refinando como os tumores cerebrais serão classificados no futuro.

Fonte: WHO