







Dando seguimento as postagens sobre o Março Marinho, hoje falaremos sobre macroscopia, microscopia e estadiamento patológico do Câncer Colorretal. A ressecção cirúrgica (colectomia/retossigmoidectomia) é a modalidade de tratamento primária para estes casos, e a ferramenta essencial para avaliar o prognóstico após este procedimento é análise patológica da peça cirúrgica. Inicialmente é realizada a macroscopia do espécime, descritas todas suas características, dissecados os linfonodos da gordura pericólica/perirretal e realizada amostragens das regiões necessárias para posterior visualização microscópica.
Entre os dados obtidos, alguns são preditores da evolução do paciente, incluem: tipo e grau histológico do tumor; invasão de pequeno vaso (angiolinfático); invasão venosa extramural; invasão perineural; as características da borda tumoral; os linfonodos regionais (ao menos doze linfonodos ou um por cm de peça cirúrgica) e o status das margens cirúrgicas proximal e distal. Nos espécimes em que a margem radial (circunferencial) é aplicável, a checagem desta também é importante.
Portanto, cabe ao médico patologista avaliar e relatar em seus laudos anatomopatológicas todas estas informações, além de definir o estadiamento patólogico TNM, que auxiliará no seguimento dos pacientes a ser conduzido pelos oncologistas. O estadiamento patológico é o mais poderoso indicador prognóstico em câncer colorretal e, em muitos casos, também determina a adequação do tratamento adjuvante. Ademais, a pesquisa de instabilidade microssatélite no material tumoral, através da perda de expressão das proteínas dos genes de reparo (via estudo imunoistoquímico – MLH1, MSH2, MSH6, PMS2), é recomendada pela literatura!
Fontes: OMS, Annals of Diagnostic Pathology