







Nos anos de 1960, o patologista Donald Gleason desenvolveu junto a colaboradores o escore de Gleason original. Posteriormente em 2005, foi lançada a versão adaptada pela Sociedade Internacional de Patologia Urológica (ISUP), que foi revisada em 2014 e adotada pela classificação de tumores da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2016. O sistema Gleason utiliza o padrão arquitetural histológico do adenocarcinoma de próstata para realizar sua classificação, demonstrando seu comportamento biológico. Aliado aos grupos da ISUP, este escore total ajuda a predizer o prognóstico do paciente. Além disto, auxilia a escolha da conduta mais adequada a ser adotada pelo urologista para cada caso, permitindo uma terapêutica e/ou seguimento individualizados.
Compõem o escore de Gleason cinco padrões arquiteturais, graduados de 1 a 5, porém atualmente se considera adenocarcinoma apenas os padrões 3, 4 e 5. Quando o laudo é emitido pelo patologista, descrevem-se os dois padrões mais observados à microscopia óptica nas amostras e na ordem de maior porcentagem acometida do espécime. Em seguida, faz-se a somatória, portanto a pontuação final pode ir de 6 a 10, sinalizado também no laudo qual grau grupo da ISUP o tumor em questão pertence (de 1 a 5). Quanto maior, mais agressivo o tumor!
** Exemplo: Escore Gleason 7 (4+3), grau grupo 3 da ISUP – significa que foram detectados os padrões 3 e 4 no material prostático, sendo que o padrão predominante (%) foi o 4 em relação ao 3.
Vale lembrar que o câncer de próstata é a segunda neoplasia maligna que mais mata homens no Brasil (INCA), havendo necessidade de aprimorar o tratamento objetivando sempre a melhor sobrevida possível ao paciente!
Fontes: OMS, INCA.